quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cólica renal, a dor da morte!


Segunda feira 29/08/2011 às 09:00Hs, esta foi a data e hora em que eu estava deitado em uma máquina no Hospital Carlos Chagas em Guarulhos para realizar uma Litrotripsia, procedimento para implodir duas pedras no Rim que recentemente havíamos descoberto.
Como o procedimento foi com sedação eu não vi o que aconteceu, mas as próximas 24 horas foram as mais terríveis que uma pessoa pode imaginar.
Cheguei em casa por volta de 11:00Hs da manhã e ainda sob o efeito do sedativo eu não estava sentindo muita dor, porém por volta de 13 horas uma dor subia do rim direito tão insuportável que atingia toda coluna cervical, atingia abdômen, tórax, costelas, braço e perna direita. É uma dor tamanha que a pessoa não consegue pensar, falar ou expressar qualquer reação que não seja ou ficar fechado dentro de seu sofrimento.
Passei as próximas 12 horas urinando sangue e vomitando tudo aquilo que minha mulher tentava colocar em minha boca, já que eu vinha de oito horas de jejum antes do procedimento.
Eu não tinha nenhuma reação, eu não conseguia pensar em nada a não ser na dor e como já estava há quase 20 horas sem comer ou beber nada, me levaram de volta ao hospital onde enfrentei outra maratona já que as pessoas não tem a dimensão do que é uma cólica renal.
Uma das poucas cenas que consegui ver foi quando eu estava encolhido na frente da triagem (Hospital Carlos Chagas), e a enfermeira chamou um rapaz que estava com um corte no pé, mas era um corte tão pequeno que ele deveria ter colocado uma atadura em casa, ao invés de estar ali aumentando meu sofrimento e de outras pessoas.
Por fim, já deveria ser quase meia noite quando eu finalmente tomei a medicação e a dor foi aliviando.
A dor era tanta que eu não me importava o que iria ser injetado em mim, podiam colocar qualquer coisa, podiam pegar agulhas velhas, podiam fazer o que quisessem que eu não me importava, eu só queria me livrar daquilo...  É uma dor tão devastadora que se fosse para morrer, eu não tinha nem percebido.
Voltei para casa e graças a Deus consegui dormir um pouco, mas por volta de 4 horas da manhã, conforme o efeito da injeção foi passando, aquela dor criminosa estava voltando, estava me perseguindo e ao amanhecer o dia eu estava novamente me sentindo como se estivesse embaixo da roda de um caminhão.
Comprimidos e remédios não fizeram o menor efeito e somente à tarde consegui voltar a tomar a medicação na veia e uma radiografia mostrou que parte da pedra que foi implodida ficou presa no rim e estava provocando todo este estrago.
Foram as mais longas e devastadoras 24 horas de minha vida, ninguém deveria passar por algo tão terrível.
Ahh, quanto aquele pedaço que ficou preso no rim, terei que fazer outra sessão, mas somente depois que o meu rim se recuperar porque ele apanhou muito durante o procedimento.
O que posso dizer aos amigos, é que bebam água, bebam muita água, cuidem do seu rim, porque é uma dor, um sofrimento sem igual, sem mencionar o fato de que a cada pedacinho de pedra que sai pelo canal da urina, é como se estivesse urinando lava vulcânica!

Fiquei dois dias afastado do trabalho, afastado dos filhos, afastado da vida e hoje tenho que retomar a rotina mas não sei como conseguirei fazer isso porque a dor ainda está comigo, ainda está me acompanhando e ficará aqui até meu rim se recuperar, para poder apanhar novamente.


Hoje em meu minuto de silêncio, vou tentar esquecer as últimas 24 horas e rezar para que quem estiver lendo isso, que cuide do seu rim para que não passe pelo terror que passei.
Val.

Um comentário:

  1. É isso mesmo. Passei por algo parecido. Graças a Deus ainda não existiam pedras formadas. As dores abdominais são terríveis; terríveis. Sigam o conselho do VAL, bebam toda a água que puderem. Amigo, melhoras. Precisando, tamo junto nessa! Deus abençoe sua vida.

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