Lei aprovada em São Paulo proíbe carona em motos

To falando que tem um pessoal que fica o dia todo tramando de como “ferrar” com a vida do povo. 

Geralmente eles ficam lá em Brasília, mas agora a bomba veio dos vereadores de São Paulo.

Será que estão tentando fazer um estágio, para ver se conseguem chegar em Brasília?

Será que eles não sabem que a população de baixa renda utiliza a motocicleta como uma necessidade e não por prazer.

Mesmo porque, tenho plena convicção que isto é totalmente inconstitucional, já que o código de trânsito é nacional e não poderia existir uma regra para São Paulo e outra para o resto do país.

Outro ponto é que este projeto também é preconceituoso e discriminatório, pois teoricamente estão chamando todo carona de bandido!

Se o objetivo da lei é diminuir assaltos, não seria o ideal colocar mais polícia nas ruas com melhores condições de trabalho e até mesmo melhor salário para estarem motivados a atuar contra a criminalidade ao invés de buscar soluções amadoras e sem nenhum fundamento.

Já pensou se a moda pega, aí poderíamos proibir o pessoal lá de Brasília de utilizar gravata, para diminuir a corrupção e os escândalos que estão a cada dia mais freqüentes.

Hoje em meu minuto de silêncio, vou ficar torcendo para nosso excelentíssimo Governador Geraldo Alckmin ter o bom senso de sempre e vetar esta sacanagem que estão tentando fazer em São Paulo.

O texto abaixo é de autoria de um grande amigo e está postado no meu mural do Facebook, mas estou também colando aqui, pois reflete toda indignação perante leis ridículas como esta.

OBS: Eu não sou tão educado...

 No tocante à lei recém aprovada quanto ao número de ocupantes em motocicletas no estado de São Paulo, não sei o que me causa maior estranheza: a falta de lógica por parte de representante do poder público, pessoa que, por definição do cargo, deveria ser, no mínimo, coerente, ou o fato deste conseguir amparo de seus pares para aprovar seu intento.

 Pergunto-me se será também sugerido à proibição de carros circularem com mais de dois ocupantes. Seria lógico assumir que sim, pois, seguindo a mesma linha de raciocínio, um carro com mais de dois ocupantes poderia ser um veículo de fuga ou ainda uma ameaça potencial para veículos blindados transportando valores ou ainda caminhões contendo cargas valiosas.

 Questiono-me também se é constitucional proibir a utilização de um veículo conforme sancionada pelos órgãos competentes do poder público. Se um veículo é aferido para transporte de um determinado número de passageiros, pode isto ser vetado tendo por base mera especulação concernente à intenção dos ocupantes quanto à utilização do mesmo?

 Ocorreu-me ainda o seguinte pensamento: por força de sua opção de vida, um assaltante é um indivíduo que não respeita a lei e busca tomar as devidas medidas para não sofrer as conseqüências de sua opção. Porque um assaltante iria se preocupar se seu veículo de fuga será multado, posto que a placa provavelmente fosse alterada ou ainda o veículo não lhe pertence?

 Fico preocupado com quais outras pérolas legislativas teremos que conviver daqui para frente caso, por culpa de nossa própria omissão, iniciativas como esta sejam aceitas. Será que podemos vir a ser proibidos de utilizar telefones celulares nas ruas por questões de segurança pública? Nos estabelecimentos bancários já não podemos. Será que, conforme sugeriu Orwell, podemos ter que conviver no futuro com os olhos eletrônicos do Grande Irmão dentro de nossas habitações a fim de que nossos atos sejam vigiados em nome do bem comum?

 Ter a liberdade de um individuo controlada e cerceada como forma de promover a liberdade de todos os integrantes de uma coletividade é válido, contudo ter a liberdade restrita com base em “achismos” e preconceitos é o primeiro passo para a instalação de uma ditadura. Pergunto-me o que o povo alemão pensou em 1939 quando foram aprovadas as leis sobre a utilização da estrela amarela costurada no casaco de parte da população. Será que acharam que era uma medida de segurança pública?

 Acredito ser válido meditar a respeito das questões colocadas acima. Como também acredito ser válido buscar tratar um mal enquanto este ainda não se desenvolveu. Como bem sabem os profissionais da saúde, após a fase de metástase fica complicado tratar um câncer...

 Equilíbrio e serenidade a todos.